quarta-feira, 1 de julho de 2009

Sexy...eu?

O tema era, ouvi: as cicatrizes no nosso corpo. A ideia, julgo eu, retratar através do corpo o reflexo mais imediato dos choques da vida. No palco improvisado uma jovem enérgica, espanhola, filha de pais diplomatas, expunha uma, duas, três... as muitas cicatrizes que contavam histórias, as suas histórias, os seus momentos dolorosos, que ali se transformaram em troféus de vida, numa espécie de alegoria. As nossas vidas são de facto todas assim, como os nossos corpos, estão expostas e guardam para si imagens que permanecem. Curioso como a dor de um momento acaba sempre por se transformar em algo diferente, como o tempo trabalha, como o espírito cede, como a aventura continua até ao último sopro. Curioso como o corpo é corpo e o corpo é espírito. Curioso como a vida só é vida existindo um corpo e estando nós presos dentro do corpo procuramos a liberdade no espírito. Curioso como olho para esta imagem e só oiço a rapariga a dizer: sexy... eu?

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